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O
filme Hans Staden (1999) teve como diretor Luiz Alberto Pereira e foi realizada
por uma parceria entre Brasil e Portugal. A longa tem duração de 100 min e é
classificado como um filme de aventura.
O
enredo do filme é narrado por Hans Staden que é um viajante alemão que estava em
terras brasileiras a serviço da Coroa portuguesas e trabalhava no Forte de
Bertioga. Ele conta que durante uma caçada é capturado por nativos tupinambás e
levado a tribo destes, onde permaneceu prisioneiro por oito longos meses. Esses
índios acreditavam que ele era português. Nesse período, quando era sempre
ameaçado de ser devorado num ritual antropofágico, os nativos mordiam sua pele
para saborear sua carne, fazendo questão em deixar claro que iriam comê-lo.
Obrigavam-no a gritar para toda aldeia que ele era o alimento (era costume
entre algumas tribos locais comerem a carne de seus inimigos em vingança por
aqueles que foram capturados). Hans Staden presenciou um desses rituais, onde
capturaram um inimigo e retalharam o corpo repartindo os pedaços entre a tribo.
Varias
foram as tentativas para matar Hans Staden, mas de alguma forma a sorte estava
com ele. Durante o período que esteve preso a sua fé foi essencial para que
pudesse resistir às situações de extrema privação. Ele acreditava que, através
de suas orações, o seu deus o mantinha vivo. A religiosidade era muito forte em
toda narrativa, pois o autor sempre fala da presença de Deus e que o mesmo
sempre o salvara, deixando-o sempre agradecido por está dádiva. Existia uma
intolerância religiosa presente em ambos os lados: o alemão considerava seu
deus o único e os nativos, que tinham muitos deuses, e consideravam o deus dos
cristãos uma imundície.
Foi
nesse mesmo tempo que esteve cativo que ele pode conhecer aspectos importantes
da organização daqueles índios. Ele observou seus ritos, crenças, seus hábitos
e costumes. Com muita estranheza ele foi incorporando informações sobre uma
sociedade que vivia da caça, pesca e colheita. Uma sociedade em que não existia
dinheiro ou riquezas, não se acumulavam terras e no qual todos viviam para o
bem da natureza. Uma sociedade sem privilégios, onde todos eram respeitados.
Foram
muitas as tentativas do alemão de se libertar dos indígenas, mas sempre
fracassadas. Duas expedições tentaram resgata-lo, porém, não tiveram êxito. Ele
tentou pedir asilo a alguns marinheiros franceses, mas estes não quiseram se
indispor com os tupinambás que eram seus aliados e com quem mantinham práticas
de escambo. Por fim, uma embarcação de franceses amigos trouxe presentes aos
índios em troca de sua liberdade, chegando ao fim os seus dias de cativeiro.
Nessa embarcação retornou a Europa, seguindo para sua cidade natal.
Referências Audiovisuais:
PEREIRA, Luiz
Alberto. Hans Staden. Brasil/Alemanha, São Paulo, Lanfi lme Brasil,
legendado, colorido, DVD, 1998, 100 min.