sábado, 17 de setembro de 2011

A mudança da capital de São Cristovão para Aracaju

Foto doAntigo Atheneu e rua Itabaiana em 1910
(fonte: http://www.aracaju.se.gov.br/154anos/index.php)

Sergipe tinha a necessidade de um porto para escoar suas riquezas, pois o açúcar que saía da Cotinguiba era exportado vai o porto de Salvador. A elite sergipana foi motivada a concordar com a mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju, pautadas no pensamento progressista e na necessidade de uma capital que pudesse se expandir planejada na construção de um porto.
Em 17 de março de 1855 é assinada por Inácio Barbosa a resolução que transfere a capital sergipana de São Cristóvão para as praias de Aracaju, com objetivos de construir um porto. Aracaju estava próxima a mais poderosa região econômica da Província que era a Cotinguiba que nesse momento sofria de problemas de escoamento do produto por falta de um porto, com isso facilitava as importações e exportações de produtos.
Além de motivos técnicos a elite sergipana era motivada pela mudança, pois queriam romper com o passado colonial preparando um futuro melhor para a Província. Ocorria um certo desprezo por São Cristóvão, por suas ruas tortas, estreitas e suas ladeiras, mas nas praias de Aracaju surgiria uma nova capital, com um novo perfil urbanístico e novos traços modernos que se distanciava das tradicionais cidades coloniais.
Portanto, podemos perceber que foram diversos os motivos para a mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju, desde os problemas de escoamento pela necessidade de um porto a vontade de rompimento com o passado colonial.

Referências:

SOUSA, Antônio Lindvaldo. Anos de prosperidade e mudanças: A sociedade do açúcar e a necessidade de uma nova capital sergipana. Temas de História de Sergipe II. São Cristóvão: UFS, CESAD, 2010.

domingo, 11 de setembro de 2011

Surgimento das Câmaras Municipais em Sergipe Colonial


            As câmaras municipais foram criadas para estabelecer a ordem nas capitânias, exercendo funções político-administrativas, judiciais e fazendárias, composta pelos criadores de gado e agricultores. Foram criadas pelo rei, mas com o tempo elas foram tomando seu espaço e se voltaram contra ele. A primeira câmara até o século XVIII foi a de São Cristóvão sendo seguidas por Lagarto, Cotinguiba e etc.
A Coroa e os camaristas tinham assuntos de interesse em comum, ambos queriam conquistar o território, aniquilar índios, investir na produção, etc., mas essa parceria não durou muito, porque a Coroa percebeu o aumento do poder local, com os camaristas se fortalecendo e ampliando seus poderes, utilizando as câmaras como órgão de defesa de seus interesses, controlando a legislação e ditando suas próprias regras. E com isso, o rei tomou a medida de descentralizar o poder das câmaras.
A formação das câmaras contribuíram para processo de independência de Sergipe, pois os camaristas protestavam contra pelas taxas abusivas cobradas pela Bahia, estando insatisfeitos com as intransigências das autoridades baianas com a capitânia sergipana, protestos esses levados ao Governo Geral. A independência do Brasil veio para facilitar o processo de independência de Sergipe.  


Referências:

SOUSA, Antônio Lindvaldo. Das Insubordinações e protestos à Independência da Capitânia de Sergipe. Temas de História de Sergipe II. São Cristóvão: UFS, CESAD, 2010.