domingo, 30 de outubro de 2011

Uma nova fase da história de Aracaju e a superação do sentimento de “inferioridade”

Aspectos interno do IHGSE.
(Álbum de Sergipe 1820-1920 - Clodomir Silva)


Com o processo modernizador implantado em Aracaju no início do século vinte, desprezava-se o passado, tratando-o como um atraso para história local e dando valor ao presente.  A elite local se reunia para a formação da identidade local, colocando em destaque alguns sergipanos que superaram as dificuldades locais e conseguindo serem destaques no campo nacional e internacional.
Nesse mesmo período a elite aracajuana cria o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, que foi fundado em 1912 por Florentino Teles de Menezes onde se reuniam para elaborar textos em Sergipe, sobre Sergipe e para Sergipe. Esse grupo seleto de intelectuais se preocupavam com a construção da identidade sergipana e queriam superar o sentimento de inferioridade presente no passado.
A elite local identificava a identidade sergipana na figura de homens ilustres como: Tobias Barreto, Silvio Romero, Horácio Hora entre outros, mostrando o destaque deste na arte, política, literatura, filosofia e etc.

Referências:

SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Um misto de acanhamento e audácia...”: Reflexões em torno da identidade sergipana (1910-1930). Tese de doutorado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), USP, 2003.

sábado, 29 de outubro de 2011

As Potencialidades da História local para a Produção de Conhecimento em sala de aula. O Enfoque do Município de Sorocaba. Autor: Arnaldo Pinto Júnior

           A partir da leitura desse artigo, podemos perceber que existe ainda hoje uma desvalorização da história local, em que pessoas preferem dar valor do que é visto na televisão do que está acontecendo na sua própria região. Existem jovens que se sentem mais próximos de festa que acontecem em outros países do que as manifestações culturais existentes na sua cidade natal.
           Nesse artigo o autor cita o exemplo do município de Sorocaba, que com a modernidade ela vinha perdendo suas identidades culturais. Mas nem precisamos ir muito longe pra perceber que com a modernidade e a globalização, algumas regiões vão perdendo sua importância na cultura dando espaço a uma cultura global, pois em alguns municípios Sergipe, festas que tem tradição perderam um pouco de espaço para o que a mídia vem trazendo.
           Portanto, precisamos incentivar aos estudantes a dar valor à história local, para que estes possam criar identidade com a região em que vive, motivando aos alunos a discutirem sobre esses assuntos em sala de aula.

domingo, 16 de outubro de 2011

As primeiras décadas do século XX - Mudanças e modernidade

Foto da Rua Olímpio Campos em 1907
(fonte: http://www.aracaju.se.gov.br/154anos/index.php)


Desde a fundação de Aracaju, no governado de Inácio Barbosa, surgia a ideia de construir em Sergipe um núcleo urbano moderno. No inicio do século XX, o Estado já apresentava seu discurso modernizador nos jornais da época.
            O Estado de Sergipe deixa claro que Aracaju teve uma infância difícil, com casas de palhas e diversas epidemias, mas venceu, pois nas primeiras décadas do século XX, ela já vestia uma roupa nova, superando a imagem de cidade cheia de pântanos e lagoas. Inauguravam-se praças públicas, equipamentos urbanos (energia elétrica, bonde, etc.), faziam aterros de lagoas e desbastamento de morros. E inaugurava-se também a Escola de Aprendizes e Artífices no nosso Estado.
            No início da década de 1910, muitas famílias ricas passaram a se estabelecer na capital sergipana. Com a vinda da nova burguesia a vida aracajuana passou a se modificar.  Essa mudança contribuiu para fomentar melhorias no aspecto físico da cidade.

Referências:

SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Ave branca que voa dos Pântanos para o azul...”: As Elites e o Projeto modernizador de Aracaju nas décadas de 1910 a 1930. Temas de História de Sergipe II. São Cristóvão: UFS, CESAD, 2010