domingo, 11 de setembro de 2011

Surgimento das Câmaras Municipais em Sergipe Colonial


            As câmaras municipais foram criadas para estabelecer a ordem nas capitânias, exercendo funções político-administrativas, judiciais e fazendárias, composta pelos criadores de gado e agricultores. Foram criadas pelo rei, mas com o tempo elas foram tomando seu espaço e se voltaram contra ele. A primeira câmara até o século XVIII foi a de São Cristóvão sendo seguidas por Lagarto, Cotinguiba e etc.
A Coroa e os camaristas tinham assuntos de interesse em comum, ambos queriam conquistar o território, aniquilar índios, investir na produção, etc., mas essa parceria não durou muito, porque a Coroa percebeu o aumento do poder local, com os camaristas se fortalecendo e ampliando seus poderes, utilizando as câmaras como órgão de defesa de seus interesses, controlando a legislação e ditando suas próprias regras. E com isso, o rei tomou a medida de descentralizar o poder das câmaras.
A formação das câmaras contribuíram para processo de independência de Sergipe, pois os camaristas protestavam contra pelas taxas abusivas cobradas pela Bahia, estando insatisfeitos com as intransigências das autoridades baianas com a capitânia sergipana, protestos esses levados ao Governo Geral. A independência do Brasil veio para facilitar o processo de independência de Sergipe.  


Referências:

SOUSA, Antônio Lindvaldo. Das Insubordinações e protestos à Independência da Capitânia de Sergipe. Temas de História de Sergipe II. São Cristóvão: UFS, CESAD, 2010.

Um comentário:

  1. A partir da leitura desse texto a ideia de que as Vilas são improdutivas caia por terra, pois ele é muito importante na disputa de poder, sendo o local de afirmação dessa disputa.

    ResponderExcluir